quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O QUE ESPERAR DE CELSO AMORIM?


          Ele foi o ministro das Relações Exteriores de Lula, de 2003 a 2010, quando foi substituído por Antônio Patriota na gestão de Dilma.
              Foi filiado ao PMDB, e votou no Serra nas eleições presidenciais de 2002, em 2009, foi para o PT.

            Em Julho de 2006, durante uma palestra, o embaixador brasileiro nos EUA, Roberto Abdenur, teve perdido seu cargo por divergir de Celso Amorim.  Abdenur teria dito que a China é nosso concorrente e não parceiros estratégicos indo de encontro com a opinião de Amorim.

            No final de Março de 2008, Lula havia dito que o Brasil iria rever o Tratado de Itaipu.  No mesmo dia Celso Amorim não descartou a possibilidade de um reajuste dos preços da energia pagos ao Paraguai.
“Devemos fazer com que o Paraguai obtenha o máximo de Benefício em função da sociedade que eles têm conosco em Itaipu”.

            Ainda em 2008, o fracasso das negociações de Doha com suas declarações levianas:
“O autor não é bom, mas a verdade: uma mentira dita muitas vezes vira verdade”.
            Na verdade a frase seria “De tanto se repetir uma mentira, ela acaba se transformando em verdade”. E pertence a Joseph Goebbels, nazista, que ficou ao lado de Hitler até o seu suicídio e em seguida mandou sua mulher matar os seis filhos do casal, para na sequência se suicidarem.
            O pior de tudo é que a representante americana nas negociações era Susan Schab, filha de sobreviventes do genocídio dos judeus. Amorim acrescenta:
“Se ofendi alguém...”
            Outra declaração infeliz neste mesmo episódio:
“Deus queira que não seja preciso outro 11 de Setembro”.
            Insinuando que o impasse comercial só seria rompido com atentados terroristas da magnitude do que ocorreu em Setembro de 2001 nos EUA.

            Em Setembro de 2008, Rafael Correa, presidente do Equador expulsou a Odebrecht, seqüestrou os bens da construtora e ocupou com tropas quatro de suas obras.  Proibiu ainda que quatro diretores deixassem o país. Ameaçou também não pagar um empréstimo de 243 milhões de dólares concedido pelo BNDS.
            Celso Amorim defendeu o Equador:
“Houve, digamos, ações preventivas por parte do Equador. Não havia conflito”.

            Em Dezembro de 2009 peita os EUA:
“É bom que eles vejam que temos mecanismos de integração e desenvolvimento que não dependem de tutela externa”.       
            Enquanto peita os Estados Unidos, ele abre as pernas para Bolívia, Equador, Venezuela e Paraguai.

            Em 2010 quando Brasil e Turquia foram os únicos países a votar a favor do Iran disse:
“Felizmente o Brasil não deve ao FMI e votou de acordo com suas convicções. Não me sinto isolado, eu me sinto em boa companhia. Não vejo esse desgaste e não percebo isso. Eu ando sem segurança e converso com as pessoas nas ruas”,
            Já 1994 foi favorável ao fechamento com os EUA do Projeto Sivan, no valor de 1,4 Bilhões de dólares.
            Dependendo da situação parece mudar de opinião com facilidade, talvez por isso se de tão bem com Lula.

            Retroagindo mais um pouco quando era ministro das Relações Exteriores de Itamar, foi contra intervenção no Haiti.
            Em 31 de Julho de 1994, o embaixador Ronaldo Sardenberg, representante do Brasil na Organização das Nações Unidas. Absteve-se na votação, juntamente com a China, sobre o uso da força militar no Haiti.
            Desde 1991, com a derrubada do presidente Jeanbertrand Aristide, o Haiti vinha sendo dominado por uma gangue militar que foi responsável por milhares de assassinatos e pelo êxodo de uma grande parte da população.
            Os Estados Unidos colocaram em votação a necessidade de uma intervenção ao Haiti, que foi aprovada por doze países.
            Na época o embaixador americano em Brasília Melvyn Levitsky, pressionou em vão o Itamaraty a fim de conseguir o voto brasileiro na ONU. Disse Amorim:
“O bom aliado não é aquele que diz sim a todo instante”.
            Lula havia visitado os Estados Unidos há três meses, como candidato à presidência pelo PT e querendo agradar seus anfitriões disse que seria capaz de apoiar uma invasão ao Haiti em nome da democracia.
            Amorim como ministro das Relações exteriores no governo Lula, foi um dos principais articuladores da participação do Brasil na missão de paz no Haiti.

            Ainda neste ano Fernando Henrique foi eleito presidente, e em dezembro, num seminário no Itamaraty, Amorim, candidato a um posto no exterior, falou uma meia dúzia de vezes que estava muito feliz em recepcionar o presidente.

Em seu discurso de posse, no último dia 8, afirmou:
"Um país pacífico como o Brasil não pode ser confundido com um país desarmado e indefeso. Vivemos em paz com nossos vizinhos, mas o Brasil é detentor de enormes riquezas e possuidor de grandes dimensões"
            Dilma disse que a escolha de Amorim foi cuidadosa e o chamou de “o homem certo para o lugar certo”. Disse ainda:
"Muitos projetos estratégicos prioritários ao país estão em andamento no ministério da Defesa. São projetos que não podem sofrer rupturas, atrasos e adiamentos. Escolhi o embaixador Celso Amorim por ter certeza absoluta de que, com ele, os projetos terão continuidade e ganharão maior velocidade e solidez."

            Para terminar, há indícios que o apontam ter ligações com as FARC.

            Agora é só esperar no que vem por aí. Não vejo em Amorim alguém interessado em defender os interesses do Brasil, ele procura em primeiro lugar defender seus próprios interesses.

Nenhum comentário:

Postar um comentário