Sempre que surge uma discussão sobre o aborto fica nítido que todos os envolvidos ficam em cima do muro, com exceção da Igreja Católica que é radicalmente contra.
A Dilma mesmo em 2007, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, afirmou:
“Acho que tem de haver descriminalização do aborto” e “No Brasil, é um absurdo que não haja.”
Em 2009 voltou a falar em entrevista à revista Marie Claire:
“Abortar não é fácil para mulher alguma. Duvido que alguém se sinta confortável em fazer um aborto. Agora, isso não pode ser justificativa para que não haja a legalização”.
Em 14 de Maio de 2010 ela falava:
"Não é uma questão se eu sou contra ou a favor, é o que eu acho que tem que ser feito. Não acredito que mulher alguma queira abortar. Não acho que ninguém quer arrancar um dente, e ninguém tampouco quer tirar a vida de dentro de si",
Em 07 de Outubro de 2010:
“Pessoalmente, sou contra o aborto. Até porque seria muito estranho, no momento em que meu neto acabou de nascer, eu defender o aborto. O aborto é uma violência contra a mulher”
Sérgio Cabral em Dezembro de 2010 também deu seu pitaco machista ao comentar que as clínicas ilegais são comuns no País:
"Quem aqui não teve uma namoradinha que teve que abortar?"
Mas o que me deixa mais revoltado ainda, é que eu também não arriscava uma palavra nem a favor nem contra, mas pelo menos nunca falei nenhuma dessas besteiras. É realmente um assunto delicado.
Mas estava eu andando de metrô, perdido em meus pensamentos, quando de repente o assunto veio à minha mente com uma clareza incomum.
É evidente que causará discórdias, mas também é fato que se a minha opinião fosse justamente o contrário também causaria.
Se um casal é surpreendido por uma gravidez, simplesmente porque não tomou o devido cuidado e resolve fazer o aborto, é com certeza um crime, uma covardia contra alguém completamente indefeso. É preciso ter consciência de nossos atos, existem muitas formas de se evitar uma gravidez.
Quando a gestante corre risco de vida, dispensa qualquer comentário, é evidente que o aborto deva ser realizado, inclusive é permitido pela nossa legislação.
Como também é permitido o aborto quando a gravidez é resultante de um estupro, o que também acho justo, mas esse caso cabe um comentário:
Ao fim da gestação, a mulher poderia dar o seu bebê, a fim de que fosse criado por outra pessoa, até acho que a Igreja defende essa saída, mas sinceramente eu não concordo. A mulher já sofreu com a violência do estuprador, aí tem que ficar nove meses carregando aquela criança, mantendo uma lembrança desagradável. Quando a criança nasce e é entregue para adoção, com certeza criará mais um trauma.
Por último, ainda neste caso, se resolvesse ficar com a criança, como esta mulher iria olhar para seu filho? Não que ele tivesse culpa, mas a cena do estupro seria uma lembrança perpétua em sua vida, e essa criança não poderia ficar traumatizada quando viesse a saber, que é fruto de um estuprador?
A melhor solução não seria o aborto?
Agora um último caso, o feto é anencéfalo. A anencefalia é uma má formação congênita que faz com que o bebê seja gerado sem o encéfalo e sua perspectiva de vida é bastante curta. Para que deixar essa criança nascer? É quase um prazer mórbido.
Para terminar a Igreja não aceita nenhum tipo de aborto. É um radicalismo perverso. Se houvesse preocupação em relação a vida, seja por parte do governo ou da Igreja, como todos dizem, não se soltaria bandidos perigosos com tanta facilidade, pois eles são uma ameaça de morte iminente à todos nós.
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