Totalmente irracional a assassina de Norma ter sido a Wanda.
Não me refiro ao motivo, nem a falta de coragem para atirar friamente, como fez, pois sua loucura de amor incondicional ao filho que lhe deixava cega para todas as suas maldades tornava-a apta a cometer o crime, se não fosse por um pequeno detalhe: ela teria de chegar antes de Léo.
Ao autor não basta escolher um assassino em que os telespectadores jamais, ou bem poucos, imaginassem ser o culpado, com a finalidade de valorizar a trama. É preciso ter coerência.
Para que Léo executasse o seu plano de fuga, precisaria usar o cartão de crédito que Norma o dera. Para isso Norma teria de estar morta. Pois viva, a primeira coisa que ela faria seria cancelar o cartão, fazendo com que Léo não concretizasse sua fuga, em seguida entregaria os documentos comprobatórios de sua culpa a polícia. Portanto, Léo não pensaria duas vezes em apanhar a arma que caíra no chão e atirasse em Norma.
É bem capaz de eu ser chamado para a Divisão de Homicídios, depois dessa exposição da minha linha de raciocínio.
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