terça-feira, 26 de julho de 2011

SUPLENTE DE SENADORES

A lei eleitoral permite que cada candidato ao Senado concorra com dois suplentes. Em geral candidatos escolhem para suplente o pai, outros escolhem os filhos. Neste caso seria apenas compadrio. O segundo, na maioria das vezes é um empresário que financia a campanha do titular. Pode ter ocorrido com o suplente de Itamar, Zezé Perrella (PDT-MG), que nos leva a crer que estamos caindo numa esparrela, perdoem-me o trocadilho. O fato é que Perrella é alvo de investigações da Polícia Federal e do Ministério Público de Minas Gerais. Presidente do Cruzeiro, Por incrível que pareça saiu o presidente do Real e entrou o presidente do Cruzeiro, mas piadas à parte, a verdade é que Perrella é suspeito de lavagem de dinheiro, evasão de divisas na venda de jogadores, enriquecimento ilícito, além de ocultação de patrimônio. Itamar como todos dizem parecia não botar a mão em nosso dinheiro, mas pelo visto sabia escolher, como ninguém seu suplente, que com certeza deve ter financiado sua campanha. A verdade é que Perrella tem todas as qualidades necessárias para fazer parte, até mesmo, do Conselho de Ética do Senado. Conselho esse sempre formado por gente muito boa.

Em 2007 o presidente do conselho era Leomar Quintanilha que arquivou duas representações que tramitavam contra Renan. em 2009 Paulo Duque. segundo suplente de Cabral, arquivou denúncias contra Sarney. É o Conselho de Ética mais sem ética que eu conheço e que por coincidência ou não é sempre formado, em sua maioria, por aliados do Sarney.

Paulo Duque, recordando na época ainda falou:

“Não estou preocupado, a opinião pública é muito volúvel. Ela flutua".

Ainda falou mais:

"Nomeação política, por exemplo, existe desde que o Brasil é Brasil. Pero Vaz de Caminha pediu emprego para o primo".

Ele não devia está preocupado com a opinião pública mesmo, pois não precisou de votos para chegar aonde chegou e sua idade avançada é a certeza de que não precisará de eleitores futuros.

Acabou por arquivar as denúncias contra Sarney.

Quanto ao Pero Vaz de Caminha, a quem ele se referiu, pela sua idade, deve ter conhecido pessoalmente. E por ironia ou não Paulo Duque vem a ser suplente do Cabral.

Quando o titular se licencia, o suplente assume, para aprovar ou barrar projetos de seu interesse, ou então para se firmar na política, ampliando um reconhecimento, foi o que aconteceu em 2007, Fernando Collor de Mello (PTB-AL), se licencia por 120 dias, alegando que iria tratar de problemas particulares, assumindo em seu lugar, seu primo e primeiro suplente, Euclides Mello. Com isso livrou-se de votar no processo de cassação de Renan Calheiros, e olhem que Renan, quando líder de seu governo na Câmara foi o primeiro político a romper com Collor durante o processo de impachment.

O que gostaria de salientar, é que os suplentes de Senadores não precisam de um voto sequer, para se tornarem senadores e representar a mais alta Câmara do país.

Essa modalidade precisava ser revista, é um desrespeito a democracia.

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