No Brasil começou em 2001 em apenas 11 cidades, e aqui no Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes aderiu ao movimento em 2009.
É muito bonito, muito maravilhoso e imbuído de boas e nobres intenções. Incentiva o transporte público, propõe que sejam criados meios sustentáveis de mobilidade, incentiva o uso da bicicleta, tudo em prol de uma melhor qualidade de vida.
Levando-se em conta que nas grandes cidades do Brasil, principalmente Rio e São Paulo, o transporte público, principalmente o Metrô, já não comporta mais ninguém, e isso com todos os carros na rua, chega-se à conclusão que seria para ser o dia da Hipocrisia Nacional.
O que fazer se todos aderissem? As pessoas deixam seus carros em casa e vão trabalhar como?
Nem todos possuem bicicletas elétricas como a do prefeito Eduardo Paes. Imaginem quem mora na Barra para trabalhar no Centro do Rio? Quem mora no Méier para trabalhar no Centro, também?
Talvez fosse melhor conscientizar a população para o transporte solidário, rodízio de caronas, embora nem sempre isso seja possível.
Mas a visão do prefeito aqui no Rio é outra, ele está simplesmente interessado nas multas que podem ser aplicadas a quem desobedece e vai trabalhar de carro, ficando sem lugar para estacionar.
Antes de ontem foram multados 494 veículos só no Centro da cidade e mais 512 nas zonas sul, norte e oeste. Sendo ainda rebocados 23 carros.
Eles fazem questão de dizer que o objetivo principal é incentivar o transporte público. Eu pergunto: existe transporte público eficiente nas grandes cidades, principalmente Rio e São Paulo?
É o mesmo que fazer os carros andarem diante dos burros, como dizia a minha avó. Os transportes públicos deveriam ser melhorados em primeiro lugar, depois sim viria o movimento, o que deveria até mesmo se tornar obsoleto, pois com um transporte público eficaz muita gente iria deixar seus carros todos os dias em casa e não num único dia.
Salve a hipocrisia.
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